A abertura do 17º Congresso Brasileiro de Engenheiros Civis (Cbenc), realizado no auditório do Mar Hotel, em Boa Viagem, na última segunda-feira (17), terminou com o primeiro debate entre os candidatos à presidência do CREA-PE. No evento, os candidatos Zé Mário, Roberto Freire e Adriano Lucena, que concorrem à gestão do triênio 2012-2014, discutiram propostas e expuseram a sua visão da autarquia federal.
Na mesa, o presidente licenciado e candidato à reeleição para a presidência do CREA-PE, José Mário Cavalcanti, teve a oportunidade de reafirmar seu compromisso com os projetos de campanha propostos. Entre eles, a defesa do salário mínimo profissional, priorização do programa de Acessibilidade para Todos e o fortalecimento da capacitação e valorização do profissional. No evento, Zé Mário também respondeu a críticas e fez um balanço de seus três anos à frente do CREA.
O engenheiro e professor José Mário falou de seu trabalho e de suas visitas às prefeituras, reuniões com sindicatos e entidades profissionais vinculadas ao sistema, em busca de melhorias para a entidade. “Eu sou um defensor intransigente do cumprimento da lei 4950-a. Não houve um momento, nestes três anos de gestão, em que eu tenha me recusado a participar de reuniões em conjunto com as entidades e, muitas vezes, tomei a iniciativa de convidar seus presidentes e lideranças para irem até os gabinetes das autoridades para discutirmos o assunto”, disse o candidato.
Zé Mário lembrou ainda que tramita no congresso nacional um projeto de lei, de autoria do deputado José Chaves (PTB) para tornar as profissões de engenharia e arquitetura carreiras de Estado. A ideia é resultado dos encontros e ações do CREA-PE. “Recentemente, o deputado federal Augusto Coutinho lançou esse projeto, emendando o projeto de lei do deputado José Chaves, e está prestes a ser aprovado”, afirmou.
O candidato também respondeu a críticas sobre obras de acessibilidade de deficientes físicos e cadeirantes nas inspetorias do CREA-PE. Segundo Zé Mário, as ações em prol da acessibilidade tem sido constantes, e citou, como fator de dificuldade, a redução orçamentária decorrente da criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). “Não é fácil se fazer obras quando a gente não tem uma arrecadação que seja suficiente para cobrir nossas despesas. Algumas inspetorias tem uma adaptação simples, mas isso é um programa de longo prazo, que não se faz do dia para a noite”, pontuou.
Questionado sobre a aplicação dos recursos do CREA-PE, cuja receita prevista para este ano é de R$ 14 milhões, Zé Mário garantiu que tudo que se arrecada é utilizado em benefício da estrutura da instituição e manutenção das atividades. “Não há desvio. Aqui estão presidentes que sabem muito bem disso, e não acredito que durante suas gestões tenham algumas vezes pensado em gastar o dinheiro público de forma totalmente errada. Isso não existe”, respondeu.
Ele explicou que os balancetes das contas do CREA-PE estão disponíveis no site da autarquia (www.creape.org.br), enfatizando a importância da participação dos profissionais e conclamando as entidades na construção coletiva do conselho profissional. “Não é através de pensamento único, demonstrando uma falta até de conhecimento de como funcionam historicamente os nossos conselhos profissionais”, afirmou.
Por fim, Zé Mário fez um balanço de sua gestão na autarquia. Ele citou o aumento das ações de fiscalização, de nove mil para 14 mil, a quase duplicação do volume de ARTs ( de 45 mil para 82 mil) e o intercâmbio de experiências como etapas naturais do trabalho que vem sendo desenvolvido, acompanhando o desenvolvimento econômico acelerado de Pernambuco. “Nós estamos implementando a estruturação do CREA para os próximos 20 anos. Isso vem sendo feito numa sequência, seguindo todo o processo organizacional que os CREAs dos estados mais ricos deste país estão implementando. Estamos tornando o CREA mais eficiente e próximo da sociedade”, finalizou o candidato.
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